[English version below]
Enfim peguei o teco teco rumo a Copenhagen. Sim, um teco
teco. Como eu disse, a tal da Cimber (que pronuncia-se Kimber) não era lá
grande companhia aérea, portanto não muito se espera do voo. Mas eu era o resto
de mim apenas, então não foi difícil dormir. Tinha pouca gente no voo, não
serviam nem água, mas tava sucesso.
Cheguei em Copenhagen e definitivamente o lugar de desembarque
e de pegar a mala devem ser separados por uns 2 quilômetros de distância... Porque
eu andei, viu! Chegando lá aquela expectativa da minha mala vir. Tinha
numerosas 5 pessoas a espera de suas malas, e obviamente já comecei a pensar
que por essa razão iam era esquecer todo mundo. Mas não... A mochilinha
guerreira surgiu na esteira, coloquei a bichinha nas costas e fui em direção à
saída. Estava tão cansada que mesmo xuxu – como carinhosamente chamamos nosso
amigo Alyson – estando de jaqueta vermelha com os braços abertos eu não o vi!
Mas rapidinho voltei pra Terra e avistei meu amigo prontinho pra me receber,
que alegria!
Fomos direto par ao metro, onde ele já começou a me explicar
o esquema de transporte público dinamarquês. Ele tinha um tal cartão de clipe,
e iria clipar a minha passagem para poder chegar na casa dele. Por algum motivo
ele viajou e não clipou o número certo de vezes, e aí uma fiscal nos parou. Por
sorte foi exatamente na última zona que a gente poderia estar, a próxima era
multa. Saímos do vagão, demos o clipe e voltando. E para nosso orgulho, xuxu
fez isso tudo falando dinamarquês! Mas como sempre tem que acontecer algo,
passada mais uma estação, outro fiscal nos para e acha estranho aqueles dois
clipes de estações diferentes. E lá descemos de novo para explicar. Mais uma
vez deu tudo certo e voltamos para nossa tranquila viagem rumo à casa dele.
Chegamos, conheci o Thomas, que também é um
xuxu de pessoa. Depois fizemos comprinhas no supermercado, enquanto eu entendia
a tal conversão – que um dia vai me deixar doida – e jantamos todos juntos.
Meu plano era acordar super cedo, badalar pelas esquinas de
Copenhagen, uhuul! Mas o cansaço não deixou. Estava mortinha da silva,
enterrada. Daí acordei e fui fazer uma troca de grana e dar uma andada nos
arredores de Valby. A primeira pessoa que eu peço informação na Dinamarca é
um... Portugues! Então já parto para a língua mãe e faço rapidinho minha troca
de grana.
Numa volta rápida pelo bairro, já vejo o magnifico transito
de bicicletas em completa harmonia com o de carros. Vou até um pequeno castelo,
onde tem um parque. Tiro algumas fotos, medito. É tão bom estar alí! Na volta
para a casa de xuxu, vejo uma bolinha vindo em minha direção, depois outra...
Pensei “cara, tão me perseguindo até em Copenhagen!” Nada, era xuxu que me viu
passando quando voltava do trabalho e saltou do ônibus para me acompanhar ate
em casa.
Voltamos almoçamos (o tradicional pão dinamarquês com peixe
e patê de fígado, mas depois brasileiramos com presunto e queijo) e nos
ajeitamos para sair. Era dia de dar uma volta no centro. Comprei o tal cartão
de 10 clipes, para duas zonas. Ou seja: ia andar por duas zonas apenas? Dava 1
clip. Se fosse por mais, ia dando os clips conforme o número de zonas. Enfim,
se você for pra Copenhagen me pergunta que eu explico. O importante é saber que
eu tinha entendido, então nenhum fiscal ia me multar.
Fomos para o centro e lá rodamos por tudo quanto é lugar.
Xuxu conhece a cidade mega bem, foi explicando tudinho. Decidimos pegar a bike
gratis, ou seja: aventura iniciada! Funciona assim, você deixa um depósito de
20 Krones trancadinho. Quando devolver a bike pega de volta. Uma coisa linda!
Só a bike que é meio capenga, mas tava de boaça! Bom, primeira coisa era
aprender a frear com ela. O freio é no pé, rodando o pedal para trás. Sendo
assim, quando a gente parava, eu não conseguia ajeitar o pedal para uma posição
confortável, a bike era muito alta e virava tudo um desastre só! Fora ter que
sinalizar tudo o que for fazer com a mão! Bom, eu estou escrevendo pra vocês,
então nem morri atropelada, nem um ciclista louco me deu uma bicicletada. Mas
anotem nas suas listas do que fazer antes de morrer: andar de bicicleta em
Copenhagen.
Visitamos a famosa pequena sereia, que de fato é pequena
mesmo. E eu, pra variar tirei minhas fotos toscas, fazendo peitinho na coitada.
Como detonar um ícone dinamarquês em 3 segundos!
Vimos muita coisa linda, passamos por diversos parques,
deixamos as bikes em outro ponto da cidade, pegamos nossos krones de volta e
fomos para um barzinho encontrar com amigos. Após umas cervejinhas fomos
embora.
No dia seguinte xuxu não tava legal então combinamos que eu
sairia sozinha, para ele estar bem no dia seguinte, que era sábado. O dia
estava chuvoso, não dei muita sorte. Mas saí mesmo assim. Sequestrei um
guarda-chuva e lá fui eu! Não sabia o que fazer por que estava chovendo muito,
então fiquei só perambulando. Mas tava muito frio, então entrei na primeira
lanchonete que tinha na rua. Pedi um café, o senhor falava inglês. Começamos a
conversar, soube que era do Irã, que estava alí tinha 20 anos. Que não voltava
a sua terra havia 15 anos. Falei um pouco do Brasil, ele sobre o Irã, sobre a
Dinamarca, sobre ser um imigrante. Ao final perguntei quanto era o café e ele
simplesmente disse: nada. E sorriu.
Saí daquela lanchonete bem feliz, e atravessei a ponte para
ir ao tal bairro dos imigrantes. Uma Copenhagen bem diferente. Já havia andado
muito, então decidi voltar para fazer umas comprinhas de rango, e ficar mais
com xuxu – o motivo da minha vinda a Copenhagen.
Na volta esbarrei com uma italiana perdida que ajudei –
uhuuul – a ir até a estação de metro que ela queria. Fomos juntas conversando,
ela me contando que estava alí com sua filha. Que era casada com um canadense.
Falou sobre as dificuldades de ir embora do seu país e se adaptar ao outro. Por
fim concluímos que era uma troca entre ela e o marido, onde no final os dois
estavam bem. Nos despedimos, me desejou boa jornada e foi.
Voltei pra casa nesse dia leve e feliz. Diga-se de passagem
é fácil se sentir em casa na casa de xuxu.
No dia seguinte encontramos com um couchsurfer num café bem
bacana e era dia de ir para Christiania. A famosa terra sem lei da Dinamarca,
onde a polícia não tem ação. Alí existe a venda e uso de drogas leves,
acobertados por toda uma filosofia dos que vivem por alí. Isso não significa
que não existam regras, elas existem sim: proibido drogas pesadas, proibido
correr, proibido fotografar. É um lugar muito bonito, com pessoas tranquilas.
Experimentamos a cerveja local, pena que não dava pra tirar foto.
Depois voltamos para casa, nos arrumamos para sair. Fomos a
uma festa, depois para um bar e dançamos a noite toda. Quase amanhecendo
pegamos o trem da volta. Dormimos, e o dia seguinte foi descansar, fazer as
malas, ver filme e esperar Londres chegar.
A ida pro aeroporto foi muito tranquila. A bolsa ia ficando
mais leve conforme ia deixando os presentes para trás. E neste caso, era só
esperar o “ponto final” da linha. Cheguei no aeroporto, esperei o check in
abrir, e esperei o voo. O voo era de Easyjet, sem acento marcado. Foi entrar,
sentar na janela e dormir... Até Londres. Com xuxu no coração, e a felicidade
de ter tido a oportunidade de estar ali.
Aconteceu em 04/2012
[English version]
Copenhagen? I'll go by bike!
Aconteceu em 04/2012
[English version]
Copenhagen? I'll go by bike!
Finally I got
the plain to Copenhagen. As I said, the Cimber
(which is pronounced Kimber) is not thaaaaaaaat airline company, so I didn’t
expect much of the flight. I was so tired that was hard to sleep. There were
only a few people on the flight, no water, but it was successful. I arrived in
Copenhagen and definitely the place of landing and take the bag must be
separated by about 2 km away ... Getting there, I waited my luggage afraid one
more time ahahhaha. It had only numerous 5 people waiting for your bags, I got
mine and went out to the airport. I was so tired that even Xuxu - as we call
our friend Alyson – was using a red jacket with open arms I did not see him!
But I came back to Earth and saw my friend ready to receive me. We went
straight to the subway, where he began to explain to me the Danish public
transport scheme. He had a card clip, to clip my ticket to go to his place. For some reason he clipped not the right
number of times, then the fiscal stopped us. Luckily it was the last zone that
we could be. We left the wagon, explained, clipped again and took other metro. And
for our pride, Xuxu did all this speaking Danish! But as it always has
something to happen, another fiscal stopped us and again we had to explain the
clips. And there we descend again to
explain. Again everything went well and we returned to our quiet journey to his
home. We arrived, I met Thomas, who is also a Xuxu person. Then we did some shopping
in the supermarket, where I understood the currency - which one day will make
me crazy - and we had dinner together. My plan was to wake up super early,
ringing the corners of Copenhagen, uhuul! But I was really tired. Then I woke
up and went to the bank to exchange my money and went for a walk on the outskirts of Valby. The
first person I ask for information in Denmark was a ... Portuguese! So I
quickly exchange my money. In a fast lap around the neighborhood, I saw the
magnificent bicycle traffic in complete harmony with the car. I went to a small castle, which has a park. Took a
few pictures, and meditated. It's so nice to be there! On the way back to the
house of Xuxu, I saw a ball coming towards me, then another ... I thought
"man, so chasing me up in Copenhagen!" Of course it was Xuxu , who
saw me on the street when he was in the
bus coming back from his job. He left the bus to go with me to home. We came back we had lunch (traditional Danish
bread with fish and liver pate, but after “brasileiramos” with ham and cheese)
and got ready to go out. It was the day to know the city center. I bought the
clipping card - 10 clips for two zones. What
means that if you are going through 2 zones is one clip. More than that you
clip the number of the zones extra. Anyway, if you are going there, just ask me
then I explain. The important thing is that I understood, then no fiscal would give
me a ticket. We went to the center and there ran through all over the place.
Xuxu knows the city well, was explaining everything. We decided to take the
bike for free, so the adventure began!
It works like this, you leave a deposit of 20 Krones. When you return the bike
gets back the money. A beautiful thing! Only the bike that is crippled, but was
fine! Well, first thing was to learn to stop the bike. The brake is on foot,
turning the pedal backwards. So when we stopped, I could not fix the pedal to a
comfortable position, the bike was very high and only almost was a disaster! The
traffic communication is with your hands, my brain was not so used to ride a
bike and signalize at the same time ahahhaha! Well, I am writing to you, then I
didn’t die, no tried to kill me with the bike too. But write down in your
bucket list: cycling in Copenhagen. We visited the famous Little Mermaid, which
in fact it is small. And I, for once I took my photos making fun with statues, with
the poor girl titty. How to detonate a Danish icon in 3 seconds! We gone
through several parks, leave the bikes, took our krones back and went to find a
bar with friends. After a few beers we left. The next day Xuxu was not feeling
fine so I went out alone. The day was rainy, I was not so lucky. But I went out
anyway, with an umbrella. It was raining heavily, and I was very cold, so I
entered in the first cafeteria I saw. I ordered a coffee, and started to talk
to the owner I knew he was from Iran that was there for 20 years, without going
back home for 15 years. I talked a little bit about Brazil, he talked about Iran, Denmark, about
being an immigrant. At the end I asked how much was the coffee and he just said
nothing. And smiled. I left that cafeteria quite happy, and crossed the bridge
to go to this neighborhood of immigrants. A very different Copenhagen. I walked
a lot, then decided to go buy some stud in the supermarket and come back to
saty with Xuxu - the reason I came to Copenhagen. On the way back I met an
Italian lost and helped her - uhuuul - to go to the metro station that she
wanted. We talked, she was telling me that she was there with his daughter and is
married to a Canadian. She talked about the difficulties of leaving their
country and adapt to another. Finally we conclude that it was an exchange
between her and her husband. We said goodbye, she wished me good day and I
returned home that day light and happy. By the way is easy to feel at home in
the Xuxu’s place.The next day we went to a cafe with a CouchSurfer and was very
nice day to go to Christiania. The famous lawless land of Denmark, where the
police have no action. There exists the sale and use of soft drugs, covered up
by a whole philosophy of living in there. This does not mean that there are
rules, they exist: heavy drugs are prohibited, prohibited to run, forbidden to
photograph. It is a beautiful place with peaceful people. We tried the local
beer, too bad we could not take pictures. After we returned home, we get ready
to go out. We went to a party, then to a bar and danced all night. Almost
morning we took the train back. We slept, and next day was rest, packing,
watching movies and expect to reach London. Going to the airport was very easy.
The bag was getting lighter as I was leaving the gifts. And went to the last
stop, arrived at the airport, I waited
to check in open, and waited for the flight. The Easyjet flight was without
marked accent. It was go in, sit at the window and sleep ... To London. With
Xuxu in the heart, and happy to had the opportunity to be there.
Happened in 04/2012
Happened in 04/2012
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