Apesar do coração apertado de ter saído de Copenhague, lá ia
eu encontrar mais um querido. Eu estava naquela tensão de passar mais uma vez
pela imigração. Fui para fila dos passaportes não europeus, preenchi um
papelzinho com básicas informações e fui no guichê. Eu tinha uma carte convite,
um monte de documento. Ela quase não olhou nada. Perguntou quanto tempo ia
ficar em Londres, pediu pra ver minha passagem de saída – que no caso era
Paris. Carimbo no passaporte e bora entrar na Inglaterra!
Saí pelo desembarque e o Gabriel estava já me esperando
segurando sua revistinha com Beatles na capa recém comprada. É, cheguei em
Londres.
Pegamos o trem e paramos perto de onde ele mora para
almoçar. Depois fomos pro apartamento que ele mora, que fica em uma residência
de estudantes. Preparamos as coisas e fomos pro show da sua banda: The Tape
Machine, num pub chamado Alleycat.
O dia seguinte foi o dia de sair sozinha. Existem 3 museus
em Londres, um do lado do outro, todos com entrada de graça. Muita coisa bonita
pra ver, vale a pena! Museu de História Natural,
Museu de Arte e Design Victoria and Albert e
Museu da ciência.
Em seguida fui encontrar o Gui, que conheci pela internet por conta de uma
viagem há 4 anos atrás, e agora tive a oportunidade de conhecer ao vivo! E que
pessoa sensacional! Almoçamos e depois fui encontrar novamente o Gabriel. Foi a
vez do Palácio de Buckingham, do Big Ben e da
London Eye.
O dia seguinte também fui passear sozinha. Mais alguns
museus de graça, como o Tate Britain e o de Retratos.
Depois encontrei o Gui pra um café e mais tarde fui assistir um filme
sensacional “O Exótico Hotel Marigold”, dos senhorzinhos ingleses que vão
para... Índia! Recomendadíssimo!
No dia seguinte comemos a maravilhosa melhor pizza de Londres
em uma pizzaria chamada Santa Maria,
e fomos para a tão esperada Abbey Road! Como determinadas coisas só acontecem
comigo, a famosa faixa estava interditada devido a algumas obras por alí. A
propósito, Londres está um canteiro de obras só! Por conta das Olimpíadas, em
todo canto você vê um buraco, uma cerca ou algo do gênero. Mas aí como era eu,
Gabi e mais uma brasileirada, obviamente o “Crossing not in use” não serviu pra
gente. Tiramos felizes nossas devidas fotografias. Antes disso já tinha deixado
a minha marquinha no muro do Abbey Road Studios. Passamos pela casa do meu
amigo Paul McCartney, e inclusive ela estava em obras!
Para quem não sabe, estou viajando com uma máquina analógica
além da digital, que pertenceu ao meu pai por muitos anos e agora eu estou
fazendo as honras. Como Gabriel também é adepto, sabe exatamente onde comprar filmes.
Chegando lá a loja estava em promoção! Quem disse foi uma brasileira que estava
comprando na nossa frente. Desconto de estudante, 25%!!! E ainda por cima tinha
pipoca e cerveja de graça. Já imaginou isso no Brasil? Ahahahahahhah
Fomos para um pub chamado Ain’t nothing but blues com
uma banda muito boa, e em seguida fomos comer algo. Nisso já tínhamos encontrado
o Gui e a Lili, para compeltar a agradável noite. Sem esquecer, o GANÇO! O
famoso guarda-chuva do Gui, que tem um gancinho no cabo! Hahahahahahahahahahah
O final daquela noite foi uma trouxa de roupa suja. A
primeira lavada da viagem. Embalei tudo na minha bandeira do Brasil e
transportei tudo pra máquina. Depois da secagem nada encolheu, então tava bom!
O dia seguinte foi das máquinas analógicas! Depois de um
almoço muito bom no Union Jack’s . Passamos o dia na rua, e a noite, tinha a
festa de aniversário de um francês amigo do Gabriel na casa de um casal também
amigo. Antes de ir, passamos em um ATM pois eu precisa tirar dinheiro...
Maldita hora! Pedi para sacar uma quantidade, e saíram diversas notas, mas
ficaram agarradas na máquina. Eu e Gabi ficamos 1 minuto tentando tirar as
notas dalí, quando de repente o caixa me puxa de volta $20,00. Jesus! Isso é 60
reais!!!!! Até o momento desse post essa polêmica ainda não foi resolvida, e
ainda está nas mãos de sabe-se lá quem! A esperança é a última que morre! Por
fim fomos à degustação de queijos e a noite foi ótima.
No dia seguinte encontramos com o Gui e a Lili, fomos ao
Byron, tomamos cervejinha, milk-shake e mais tarde fomos à apresentação de
música experimental da London Sinfonietta.
No domingo, meu último dia em Londres, Gabriel tinha que
focar em um trabalho que ia apresentar, então quem fez as honras foi o Gui.
Passeamos pela Tower Bridge, London Bridge, Tate Modern,
vimos e rimos a beça com a maratona de
Londres e suas figuras, subimos os 300 degraus do monumento, fomos à St PaulCathedral,
acendemos uma vela, rezamos. Choveu pra caramba, o guarda-chuva de ganço morreu
(não afogado, por favor!). Por fim acabamos no Camden Lock. Despedi do Gui (por
enquanto, se Deus quiser)! E voltamos para a casa do Gabriel. Preparei a
mochila, era noite de virada na estação de Londres.
Fui para St Pancras Station com o coração em uma mão e o
telefone de um hostel na outra. Não sabia como era, se ia dar certo. Cheguei
meio perdida e logo descobri que o Starbucks era 24/7. Com internet. Maravilha!
Mas aí apareceu um senhor português, e conversamos por toda
noite. Até a hora em que entrei no trem para Paris. Mais uma vez com aquele
aperto no coração, e a certeza de que eu volto! Para abraçar o Gabriel, o Gui
ou até mesmo o Big Bem, mas eu volto!
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