[English version soon]
Depois daquela viagem de ônibus de Goa até Mumbai, cheguei e
fui em busca de um autorickshaw para ir para a casa do meu host. Para variar, o
motorista queria que queria cobrar mais. Conversa vai, conversa vem, o cansaço
era tanto que ficamos no zero a zero.
Cheguei na casa do meu host em uma pequena rua muito
movimentada, com feira e aparentemente nenhum estrangeiro. Recebi uma mensagem
de outro couchsurfers convidando para um café. Meu objetivo em Mumbai era
apenas pegar o trem para ir para Delhi. Não queria ficar em cidade grande.
Resolvi o encontrar quando fui comprar minha passagem.
Chegando no lugar marcado (estação de trem), percebi que
tinha esquecido meu passaporte, então não ia conseguir comprar a passagem.
Encontrei o couchsurfer e expliquei a situação. Com toda sua boa vontade, ele
foi até o guiché na estação e explicou a situação pro homem que fazia o
atendimento. Com o famoso jeitinho indiano, conseguimos comprar a passagem.
Depois fomos nos encontrar com seu amigo, um outro viajante.
Ouvimos suas milhares de histórias sobre as viagens e documentários que está
produzindo. Inclusive a historia de quando foi o primeiro indiano a cruzar de
Londres até a Índia por terra, em uma moto. Nesse mesmo episódio ele entrou no
Guinness book!
Passamos a tarde e a noite toda a conversar. Seguimos até
seu apartamento, onde compartilhou parte do documentário que está produzindo
sobre 3 viagens que fez cruzando o norte da Índia de leste ao oeste.
No dia seguinte peguei o trem e segui para Delhi. No trem
conheci um nigeriano, e acabamos por passar a tarde juntos em Delhi até a hora
em que eu deveria pegar o ônibus para Dharamshala.
A grana estava curta e eu decidi ir de ônibus público.
Peguei o metro de onde estava até a estação de ônibus. Depois de perguntar para
umas 5 pessoas, achei o lugar. Tudo em reforma, construído, destruído, gente
gritando, nenhuma fila. O anjo do viajante estava bem atento esse dia, pois não
demorei muito pra achar em que confusão comprava minha passagem.
Comprei por 419 rúpias, o que significa menos de 8 dólares,
e saí correndo para o tal ônibus. Não sei como o ônibus ficava em pé, de tão
velho caindo aos pedaços. Mas minha preocupação era apenas se esse ônibus ia
para o lugar que eu queria, e ia: Dharamshala, Himachal Pradesh. Nenhum
estrangeiro. Como entrava muita poeira e a subida das montanhas é frio, eu
tentava fechar a janela, mas a cada freada, a janela abria de novo. E assim
seguimos por 12 horas de viagem: eu, a indiana do meu lado e a sua menininha no
nosso colo.
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