[English version
below]
Enfim cheguei no Egito, com o objetivo de fazer um
intercâmbio pela AIESEC na área de ensino. Apesar de nunca ter atuado nessa
área, sempre tive o sentimento de que pertencia a sala de aula. Seria algo
totalmente novo estar na frente de crianças tão pequenas para poder ensinar
inglês. Mas acho que é exatamente o desafio que me atrai.
Após minha saga sem fim até chegar na Alexandria, eu vi o
lindo mediterrâneo pela primeira vez na vida e subi as escadas de um prédio bem
velho para encontrar com a minha então nova companheira de casa, no apartamento
provisório – que deveríamos ficar até que os outros moradores da nossa casa
chegassem no Egito.
Hoje eu brinco com ela que quando ela abriu a porta estava
com um sorriso enorme no rosto – só que ao contrário – e quando eu disse
“ooooi”, ela respondeu com um grunhido! Hahahaha Era a primeira vez que via a
Jessica, a equatoriana/americana, hoje a minha irmãzinha mais nova no Egito.
Dormi um sono profundo, num apartamento imundo e barulhento,
na beira da famosa “Corniche”, a avenida beira mar da Alexandria. Mais tarde
conheci o Pablo, um colombiano que também estava fazendo um intercâmbio. E vi o
pôr-do-sol mais lindo do mundo, que nem sabia que me apaixonaria a cada dia
mais por apreciá-lo.
Os primeiros dias foram estranhos como sempre são. A
adaptação à um lugar novo e tão diferente era o próximo passo. Jessica ainda
sofria do choque da primeira viagem, e de fato o Egito não é tão fácil assim. É
um país islâmico, a maioria das mulheres andam com seus cabelos cobertos, nós
temos que tomar cuidado com o que usamos na rua, e não são todas as pessoas que
falam inglês. Ainda assim, a comunicação é totalmente possível, já que mesmo
com todo o sotaque do mundo, todo egípcio sabe pelo menos dizer meia dúzia de
palavras.
Na mesma semana, a pessoa da AIESEC responsável pela nossa
vaga aqui, nos levou até a escola que trabalharíamos. Por sorte, eu e Jessica ensinaríamos
no mesmo lugar. Entramos no carro, e parecia que o lugar nunca ia chegar. O que
passava pela minha cabeça e na dela era “Meu Deus! A gente chega no Cairo mas
não chega nessa escola!”. Por fim, estávamos em um lugar que mais parecia uma
outra Alexandria, chamado Agamy.
Eram duas escolas da mesma família, quase uma do lado da
outra. A Jess foi para a maior, com estudantes de todas as idades. Eu fui para
a menor, e que era super nova. Uma escola somente para meninas, do pré até o
Junior 3, o que no Brasil significa o 3º ano, ou a antiga 2ª série do ensino
fundamental.
Começaríamos a trabalhar no domingo. Sim! Domingo! Aqui os
dias da semana são os mesmos, mas os dias de trabalho não. Trabalhamos de
domingo à quinta-feira, com folga na sexta e no sábado.
Entre almoços com um arroz que não chegava nem perto do da
minha mãe, algumas voltas pela cidade e conhecendo algumas novas pessoas, o
primeiro dia de trabalho chegou rápido assim como a vida como uma cidadã no
Egito – eu já não era uma turista.
Aconteceu em 09/2012
Aconteceu em 09/2012
[English version]
And the sun sets over the Mediterranean
Finally I
arrived in Egypt with the purpose of making an exchange by AIESEC in education.
Despite never having worked in this area, I always had the feeling of belonging
to the classroom. It would be something totally new be in front of so young children
and teach English. But I think that is exactly the challenge that attracts me.
After my
endless saga to arrive in Alexandria, I saw the beautiful Mediterranean for the
first time in my life and climbed the stairs of a very old building to find my
new roommate, the provisional apartment - we should stay until the other interns
arrive in Egypt.
Today I
joke with her that when she opened the door, it was a huge smile on her face – but
not! ahahahha - and when I said "hiiiii," she replied with a grunt!
Hahahaha It was the first time I saw Jessica, the Ecuadorian/American, today my
younger sister in Egypt.
I slept a
deep sleep in a filthy and noisy apartment, on the edge of the famous
"Corniche", the seaside road of Alexandria. Later I met Pablo, a
Colombian who was also doing an internship in Egypt. And I saw the most beautiful
sunset in the world, which I did not know I'd fall in love every day more for
appreciating it.
The first
few days were weird as always. Adapting to a new and so different place was the
next step. Jessica was still suffering from the shock of her first trip, and
indeed Egypt is not so easy. It is an Islamic country, most women walk around
with their hair covered, we have to be careful with what we use on the street,
and it’s not everybody that speaks English. Still, communication is entirely
possible, since even with the strong accent, every Egyptian knows at least how
to say a few words.
In the same
week, the AIESEC person responsible for our job here, took us to the school
that we would work. Luckily, Jessica and I would teach in the same place. We
got into the car, and it looked like we would never arrive. What was going
through my head and in hers was: "My God! We arrive in Cairo but not in
that school”. Finally, we were in a place that looked like another Alexandria,
called Agamy.
There were
two schools of the same family, almost side by side. Jess went to the biggest,
with students of all ages. I went to the smaller, and it was a new one, first
year of activities. A school for girls only, from pre-kindergarten until the
Junior 3 (around 8 years old girls).
We would
start to work on Sunday. Yes! Sunday! Here the days of the week are the same,
but the work days not. We work from Sunday to Thursday, with Friday and Saturday
off.
Between
lunches with rice that was not even close to my mom’s one, a few walks around
the city and meeting some new people, the first working day arrived quickly as
the life as a citizen in Egypt - I was no longer a tourist.
Happened in 09/2012
Happened in 09/2012
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