[English version
below]
Tendo que acordar às 3 da manhã, dormimos poucas horas. A
viagem para Abu Simbel, ao sul de Assuão era longa, cerca de 300 Km, e iria
demorar algumas horas. Devido às políticas da região, estrangeiro não pode –
obviamente na teoria – viajar nos transportes públicos pois todos os
transportes turísticos (ônibus, van, micro ônibus e etc) viajam em comboio e
passam pelos check points da polícia. Por isso, pagamos 80 LE por pessoa para
ir junto com um grupo e voltar, sem incluir a entrada para os templos.
Entramos na van e apagamos. Quando deu 4:30 da manhã
exatamente, a van parou no meio da estrada. Já tinha lido sobre isso em um
livro, mas nunca tinha acontecido do motorista parar para primeira oração no
meio da pista para rezar. Para nós isso é totalmente diferente, mas estava
muita acostumada com a situação e foi bonito ver o motorista e seu amigo
estenderem o tapete e rezarem enquanto a van continuava sonolenta sem perceber
o que se passava. Oração feita, pé na estrada.
Chegamos em Abu Simbel, um lugar muito limpo e que foi
criado para que os templos pudessem ser abrigados. Originalmente os templos não
eram nesse local. Foram transferidos na década de 1960 para serem salvos de
ficarem submersos devido ao aumento do Nilo causado para construção da Barragem
de Assuão.
Pagamos 95LE para entrar, o lugar mais caro que visitamos no
Egito, mas valeu cada mísero centavo. A Jess pagou mais barato pois tinha a
carteira de estudante. Antes de entrar vale muito a pena conferir a história da
movimentação dos templos para o atual lugar, como foi feito, todo o trabalho e
empenho dos locais.
Entramos e começamos a rir. Acho que não tinha outra reação,
é simplesmente magnífico. Cada detalhe, o tamanho dos templos, as formas,
desenhos e pinturas: perfeito. Olhando bem dá para reparar sutis remendos, consequência
da mudança de lugar. Nada estraga o brilho. Deixaram os templos exatamente como
era no outro lugar, com uma linda vista para Nilo. É possível entrar nos templos
de Nefertari e Ramses II, não sendo permitidas fotos de dentro.
Após algumas fotos, vídeos e um mergulho na beleza da
história, voltamos para o comboio que saía de volta para Assuão.
Naquele dia passamos mais algum tempo passeando e fazendo
comprinhas no mercado local, até dar o horário de ir para Luxor. Mais uma vez
entramos no trem sem passagem, compramos quando já havia partido e seguimos
para nosso próximo destino.
Uma das coisas que mais gostei de ver em Abu Simbel, além
dos templos, foi o seguinte texto no pequeno museu que relata a movimentação
dos templos:
“Os templos de Abu Simbel estão reerguidos. O projeto realizado
em um período de 4 anos no isolamento do deserto Núbio, será finalizado. Em
todos os tempos ele atraiu o interesse do mundo inteiro. Com orgulho de si, os
Núbios erguem as mãos em direção aos santuários salvos. A maioria dos homens que
trabalharam no local sabiam quase nada sobre os dois templos, sua história e do
seu valor cultural, quando vieram para Abu Simbel. Ainda assim, cada um colocou
todo esforço para alcançar o objetivo desse difícil empreendimento. O entusiasmo para a tarefa confiada à eles , foi a contribuição essencial para
resgatar esses tesouros culturais únicos.
Os montes artificiais em cima dos templos estão próximos a serem
concluídos. Quando o primeiro raio do sol nascente penetrar novamente o
Santuário do Grande templo, exatamente como fizeram milhares de anos atrás, o
mundo inteiro ficará orgulhoso, e ainda mais aqueles que, tão vigorosamente e de
coração apoiaram o “Joint Venture Abu Simbel” no cumprimento desse grande
trabalho.”
Aconteceu em 01/2013
[English version]
Abu Simbel: The temples rebuilt by the Nubians
We had to
wake up at 3 am, so, just slept a few hours. The trip to Abu Simbel, south of
Aswan, is long, about 300 km, and would take a few hours. Due to the policies
of the region foreigner cannot - obviously in theory - to travel on public
transport because all tourist transports (bus, van, minibus, etc.) travel in
convoy passing through checkpoints and police. Therefore, we pay 80LE per
person to go along with a group and go back, not including the entrance to the
temples.
We entered
in the van and slept. When it was exactly 4:30 am, the van stopped in the
middle of the road. I had read about it in a book, but never had happened to
the driver to stop during the first prayer in the middle of the way to pray.
For us this is totally different, but the situation was familiar to me and it
was nice to see the driver and his friend extend the mat and pray while all in
the van were still sleepy without realizing what was happening. The prayer
finished and we left.
We arrived
at Abu Simbel, a very clean place created to have the temples moved to.
Originally the temples were not there. Were transferred in the 1960s to be
saved from becoming submerged due to rising of the Nile due to the construction
of the Aswan Dam.
We pay 95LE
to enter, the most expensive place we visited in Egypt, but worth every cent. Jess
paid cheaper with the student ID. Before entering, check the history of the
temple movement to the current place, as was done, all the work and commitment
of the locals.
We went in
and started smiling. I think I had no reaction, is simply magnificent. Every
detail, the size of the temples, forms, drawings and paintings: perfect.
Looking very well it’s possible to see the patches - consequence of the place change.
Nothing spoils the brightness. The temples were left exactly as it was in
another place, with a beautiful view of the Nile. You can enter inside the
temples of Ramses II and Nefertari, no photos are allowed inside.
After a few
photos, videos and a dip in the beauty of the story, we went back to the convoy
to went back to Aswan.
That day we
spent some time walking around and doing shopping in the local market until the
time to go to Luxor. Again we get on the train without a ticket, bought after
departed and headed for our next destination.
One of the
things I most liked to see in Abu Simbel, besides the temples, was the
following text in the small museum that shows the movement of temples:
“The temples
of Abu Simbel are re-erected. The project accomplished in a period of four
years in the isolation of the Nubian Desert will be finalized. At all times it
attracted the interest of the world. With proper pride the Nubians raises his hands
towards the saved shrines. Most men who have worked on the site knew almost
nothing about the two temples, their history and their cultural value when they
came to Abu Simbel. Yet, they all put every effort into the successful
achievement of this difficult undertaking. Their enthusiasm for the task entrusted
to them, was the essential contribution in the rescue of the unique cultural
treasures. The artificial hills atop the temple are nearing completion.
When the
first rays of the rising sun will penetrate again the Sanctuary of the Great
Temple, exactly as they did thousands of years before, the whole world will be
proud, and most of all those who have so vigorously and wholeheartedly supported
the Joint Venture Abu Simbel in accomplishing this gigantic work.”
Happened in 01/2013
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