[English version below]
Happened in 01/2013
Era hora de partir mais uma vez, e o destino agora era o
deserto. Para sair de Luxor direto para as estradas de oásis com baixo custo só
tinha uma solução: pegar um trem até Assiut e de lá pegar um ônibus que fosse
para Kharga.
Sabíamos o horário do trem, passaríamos a noite viajando,
pois era menos uma estadia. No mesmo esquema para pegar o trem na segunda
classe (teoricamente não permitido para estrangeiros), esperamos na estação sem
o ticket. O trem chegou e eu pude sentir o desespero da mente da Jess. O trem
era diferente dos que a gente já tinha pegado. A segunda classe seria uma 10ª
classe no trem que a gente já havia andado.
Mesmo assim, entramos no trem. Sentamos com um pouco de
receio. Estava cheio de homem e não era possível ver uma só mulher. Logo
reparamos que a parte que sentamos não tinha janela. Isso significava sentir
muito fria a noite.
Um profundo trabalho antropológico, é claro. Não tinha como
dormir, estava muito frio. A Jess ainda conseguiu – como sempre. Eu só
conseguia observar o que estava acontece ao redor. Pessoas fumando, dormindo na
parte alta de colocar as malas.
Depois de muito frio chegamos em Assiut. Sabíamos que tínhamos
que pegar um ônibus, mas a informação de onde era não constava para nós. Pela
internet descobrimos que era perto da estação de trem. Mas onde?
Ao tentar perguntar para as pessoas, o inglês era escasso.
Foi a cidade mais árabe que visitamos. Para variar todos os motoristas de taxi
da cidade queriam nos cobrar uma fortuna para poder fazer o transporte. A gente
sabia que era perto, não tinha como ser tão caro.
Depois de horas de negociação, um ser que não sabemos até
hoje o que estava fazendo ali, nos guiou até a estação de ônibus que ficava
aproximadamente 5 minutos andando dali. Ainda bem, que não caímos nas dos
taxistas.
O cara nos indicou onde comprar a passagem, mas ainda estava
fechado. Compramos e esperamos o horário do ônibus comendo falável. Ainda tinha
uma longa estrada até Kharga.
No ônibus conheci uma menina que pediu para trocar de lugar
com a Jess pra não ter que sentar perto do Ilídio – reflexo da segregação homem
e mulher no país. Ela era bem simpática e fazia Letras Francês. O assunto claro
que terminou em “estou noiva, vou casar blá blá blá”.
Nosso objetivo era chegar em Kharga e ainda ir embora
naquela noite para Farafra. Porém tinha algo a mais reservado para nós nos
próximos dias. Chegamos na cidade tarde demais para pegar o ônibus e começamos
a luta para achar um lugar pra ficar onde o dono não cobrasse rios de dinheiro.
Afinal, aquele lugar não era dos mais turísticos comparados ao lugar para onde
queríamos ir. Ia ser difícil achar alguém que não quisesse sugar o dinheiro dos
estrangeiros recém chegados.
Aconteceu em 01/2013
Aconteceu em 01/2013
[English
version]
[Eat
Falafel] On the way to the desert
It was time
to go once more, and the destination was the desert. To left Luxor and go to
the desert with low budget, there was only one solution: take a train until Asyut
and take a bus to Kharga.
We knew the
train timetable and we would pass the night traveling and not pay a place to
stay one more night. In the same way to take the second-class train – forbidden
to foreigners – we waited in the station without ticket. When the train arrived,
I could feel jess despair from far. This one was different from the others and
comparing, this second class would be the 10th in the train we took
before.
We entered
in the train still and set afraid. It was full of man and I could not see even
one woman. Then, some of us noticed there was no window. We would freeze in the
night.
A deep anthropologic
work, of course. Even it was impossible to sleep, Jess found her way, like
always. I could only observe what was going around. People smoking, sleeping on
the upper luggage support.
After a
cold night, Asyut came. We knew we had to take a bus, but not from where. It is
close to the train station, but where?
Trying to
ask people was difficult, almost no English. It was to most Arabic city we
visited. Not different of all Egypt, the taxi drivers wanted to charge lots of
money to take us to the station. The station is close that was impossible!
After
negotiating for hours, a person appeared from some place and guided us to the
station. It was 5 minutes walk. So good, we did not believe the taxi drivers!
He indicated
where to buy the ticket but it was closed. After buying the tickets, we ate
falafel and waited the bus. There was still a long way until Kharga.
In the bus,
I met a girl who asked Jess to move to Ilidio’s side because she didn’t want to
travel by the side of a man – reflecting the man/woman segregation in the
country. She was nice and was in the college studying language. Of course, we
were talking about marriage in the end: “I’m engaged blah blah blah”.
The idea
was to arrive in Kharga and move to Farafra in the same day. But there was
something bigger for us in the next days. It was too late to take the bus when
we arrived and we started to try – hard – to find a place to stay where the
owner would not charge a lot. After all, this place is not that touristic compared
to the others we wanted to go. It would be hard to find someone to not try to
take the money of those newcomers’ foreigners.
Happened in 01/2013
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