[English version
below]
Logo que descemos do ônibus um taxista nos informou que não
conseguiríamos chegar em Farafra naquele mesmo dia pois o único ônibus da noite
já havia saído. A missão era então encontrar um lugar para dormir e continuar o
caminho.
Chegamos então em um dos hotéis que tinha na cidade quando
um senhor e seu filho vieram nos atender. Não me lembro quanto eles cobraram
pela noite para o quarto triplo mas era algo de dar risada. Explicamos que
morávamos no Egito e que não éramos bem os turistas que eles imaginavam. Depois
de muita choraminguela, fomos comer no restaurante no primo do cara do hotel
que na teoria era barato e acabou cobrando vários dinheiros. Mas tudo bem.
O cara insistiu em dizer que não íamos de jeito nenhum
encontrar hotel mais barato do que aquele. Duas ruas depois, lá estávamos nós
num hotelzinho economizando dinheiro. Essa mesma pessoa começou de forma maçante
tentar nos vender um tour para o deserto. Queríamos ir para o deserto branco e
negro, ambos muito mais próximos de Farafra, o outro oásis.
Ele queria cobrar para n´s três 1200LE. Isso era demais. Ele disse que íamos encontrar
com o primo dele em Farafra e que o tal primo não queria abaixar o preço. Por
fim fomos por 700LE. Sendo que 350LE deveriam ser pagos a ele, antecipado.
Ele definitivamente não gostou da gente. Disse que a gente
era “estranho” e por isso não nos acompanharia na viagem. Contratou um cara pra
levar a gente até Farafra num carro... Exótico! E demos 50LE para o motorista (arte
do total de 700).
A ida demorou demais, não conseguiríamos chegar nos desertos
ainda aquele dia. Queríamos terminar a noite em Baharyia. Ao chegar em Farafra
eu queria matar o tal primo do cara. Afinal, na teoria era ele que queria sugar
nosso dinheiro.
Quando chegamos, Osama, um gentil cara que não falava quase
nada de inglês nos recebeu. Para minha surpresa era ele o tal primo. Já
havíamos chegado a conclusão que deveríamos passar aquele dia em Farafra.
Ele nos levou até um buraco em uma duna, que tinha um
cercadinho e alguns tapetes: sim estávamos no meio do deserto. Olhávamos um pro
outro e pensávamos: onde fomos amarrar nossos jegues? As horas foram passando e
surgiu um almoço gigante pra gente. Não entendemos nada, pois na negociação com
o cara, a comida não estava incluída.
Após muito tentar comunicar com o Osama, conseguimos acessar
a internet na vila da cidade e fomos jantar em um lugar que nos cobrou mais de
100LE por uma janta que deveria ser 30LE. Essa história de dinheiro estava mais
do que nos maltratando. Todo lugar no Egito passávamos raiva com isso.
Osama se meteu na briga da gente com o dono do restaurante,
e acabou até pagando parte da conta. Daí vimos: esse cara não quer nosso
dinheiro, como o primo dele deu entender em Kharga.
Antes de voltarmos para a duna, paramos na casa do amigo do
Osama, onde estavam vários outros homens e a esposa grávida. Todos juntaram
seus instrumentos e fomos para o deserto. Ao som de música beduína, a noite
seguiu e aquilo tudo ainda parecia um sonho.
Aconteceu em 01/2013
[English version]
[Eat Falafel] Kharga, Farafra and some surprises
on the way
A taxi
driver informed us we could not arrive in Farafra that same day, the last bus
just left minutes before we asked him. We had to find a place to stay that
night.
The first
place visited, an old man and his son received us. I cannot remember how much
they charged us for that but for the triple room I know we just laughed. After
explaining we were living in Egypt and we were not the tourists he thought,
they were not flexible and we decided to eat. He indicated his cousin
restaurant supposedly cheap. We spent much more, but it was fine.
The old man
son insisted we would never find o cheaper place to stay. Two streets later, we
were saving money in a cheaper hotel. This person tried to sell us a tour to
the desert. Our wish were the Black and White Desert, both close to Farafra
Oasis.
He charged
1200LE, a lot for us. He said his cousin we gonna meet in Farafra didn’t want
to reduce the price, but in the end was for 700LE. We should pay 350LE to him,
ahead.
He didn’t
like us. He said we were strange and for this reason, he didn’t want to go with
us so he asked a man to drive us until Farafra in a car… Exotic! We gave 50LE to the driver - included
in the total.
When we got
there, Osama, a gentle man who almost does not speak English received us. I was
surprised when I knew he was the cousin. At that time, we concluded we should
spend the day in Farafra.
He took us
to a “hole” into a dune, with some mats: yes, we were in the middle of the
desert. Looking each other, our thoughts were: what am I doing here!? Time
passed and the lunch came. We did not understand, the food was not included.
After trying
to comunicate with Osama, we got some internet access in the village and we
went to a place to eat that charged us more than 100LE for something was
probably 30. This money subject was killing us. All places in Egypt it was
something to worry about.
Osama
helped us in our discussion with the restaurant owner and in the end he helped
us to pay the bill. So we noticed: this guy doesn’t want our money, like his
cousin was trying to convince us in Kharga.
Before
going back to the dune, he took us to his friend house where some other man
were and his wife pregnant. All took their instrument and went to the desert.
Listening to the Bedouin music, the night passed and all that things were still
like a dream.
Happened in 01/2013
Happened in 01/2013
Comentários
Postar um comentário
Tem algo bom para compartilhar? Manda ver! ;)