[English version below]
Cheguei no aeroporto do Cairo, no Egito e precisava saber a
respeito do visto. Eu tinha a opção de tirar o visto no Brasil, mas um amigo
meu que recentemente esteve no Egito disse que não tinha mistério nenhum em
fazer isso no aeroporto. Obviamente é bem melhor já chegar com tudo pronto. Mas
além de ser mais barato comprar o visto lá – sim, o que você vai fazer é uma
compra – depois da revolução de 25 de Janeiro o turismo foi muito abalado. E é
claro que o Egito não quer perder turista.
Carimbaram meu passaporte e eu já estava no Egito
oficialmente. Garanti que a mulher que estava comigo encontrasse com a pessoa
responsável por leva-la para o hotel. Eu disse para o homem cuidar bem dela, e
a única coisa que ela respondeu para ele foi: “Angel, angel. My angel.”
Peguei minha malinha e saí esperando que alguém estivesse lá
para me buscar. Não vi ninguém segurando plaquinha com meu nome e fui correr
atrás de conseguir ligar para a pessoa da AIESEC responsável por mim. Eu já
sabia da possibilidade de telefone público ser precário no Egito, depois das
experiências na Índia e no Marrocos. Dito e feito. Fui até o balcão de
informações em busca de internet e para minha surpresa o aeroporto não tinha
rede disponível. A pessoa me informou que talvez tivesse em outro terminal, mas
não queria ficar perambulando 2 horas da manhã em um lugar totalmente
desconhecido.
Voltei para o balcão e ele arrumou um telefone para eu poder
ligar. Depois de algumas ligações, consegui falar com uma pessoa na Alexandria,
e ele me informou que a pessoa que ia me buscar já estava no aeroporto. Devolvi
o celular para a servente – sim, o telefone era dela – e dei uma moeda de 2
euros que tinha na bolsa. Eu sabia que era bastante coisa, hoje vivo 3 semanas
ou mais com 2 euros de crédito. Mas queria também recompensar a gentileza.
Encontrei com um AIESECer do Cairo e seu amigo. Fomos em
busca de um lugar para pegar ônibus para Alexandria – meu destino final. Não
conseguimos nada e soubemos que o próximo ônibus só às 6 da manhã. Fomos pra
casa do amigo do AIESECer esperar o sol nascer e ir para a estação. Chegando lá
compraram minha passagem pela bagatela de 20 LE (menos de 3 euros). O ônibus
era bem simples, mas para uma viagem de 3 horas estava ótimo – já tinha passado
por muita coisa mais complicada. Com muito zelo me colocaram dentro do ônibus,
e eu sou extremamente grata a esses dois por toda ajuda.
Coincidências da vida ou não, no ônibus encontrei o homem
que estava sentado do meu lado no voo. Ele havia me oferecido ajuda para ir
para Alexandria e eu respondi que já tinha gente para me buscar. Mas no ônibus
não sabia qual era meu assento porque os números estavam escritos em árabe, e
até então eu não sabia lê-los.
Parti para a terra de Alexandre o grande, muito cansada e
dormi durante toda viagem, enquanto a música árabe do ônibus – que depois fui
descobrir que eram orações – me deixava fechar os olhos.
Dois dias depois de ter saído do Brasil, descia do ônibus na
Alexandria, a cidade que seria a minha casa pelos próximos 5 meses.
Aconteceu em 09/2012
[English version]
Egypt: Time to say hello to Alexander, the
great!
When I
arrived in Cairo Airport, in Egypt, I needed to know about a place to get the
visa. Even with the option to take the visa in Brazil, a friend who recently
was in Egypt told me it’s easy to get it in the airport. Obviously it’s better
when you arrive with everything ready, but it’s cheaper to buy the visa in the
airport –yes, you will buy it – and after the 25th January
revolution the tourism decreased a lot in Egypt. Of course, they don’t want to
lose tourist.
The woman I
helped in Amsterdam took her visa in Brazil, but it was her first time to cross
a board to enter in a country and she was scared. I showed her where she should
go, and went to an exchange place there is before passing the passport control.
The cost is 25 dollars and it’s a sticker you can stick by yourself on your
passport. In Brazil the visa can be even 4 times more expensive than that.
They stamped
my passport and I was in Egypt officially. I wanted to be sure the woman found
the person responsible to take her to the hotel. I told him to take care of her
and the only thing she answered to him was “Angel, angel. My angel.”
After take
my luggage I was waiting to have someone outside but there was no one holding
my name. So, the first thing was try to call someone from AIESEC to know what
was happening. I already knew about the possibility of no public telephone after
my experiences in Morocco and India. I went to the information counter and he
said there is no internet access in the airport, and maybe I could find in
other terminal, but I didn’t want to walk around in a place I don’t know at
2AM.
I came back
to the information guy and he got a cellphone to me. After some calls I talked
to the guy in Alexandria and he said the guy was already there to pick me up. I
gave back the cellphone to the cleaner – yes, the cell was hers – and gave her
a coin of 2 euros that I had in my bag. I knew it was too much, if I put 2
euros of credit today, I can live 3 weeks or more. In that case, I really
wanted to gratify the kindness.
A Cairo AIESECer
and his friend were waiting for me. We tried to find a place for me to take the
bus to Alexandria – my final destination. We didn’t find it because it was in
the middle of the night, and there were buses only from 6 AM. We went to the
AIESECer friend place and waited the sunrise and went to the bus station. They
bought my ticket for 20LE (less than 4 dollars). The bus was simple and for a 3
hours trip it was good – after all the transportation that I already got in life!
They put me in the bus very carefully and I’m really glad to found them on my way,
for all help and reception.
Coincidences
of life or not, in the bus I met the same man that was by my side in the flight.
He offered to help me to go to Alexandria, and I answered that I already had
people to pick me up. But in the bus, I didn’t know where to sit because the
numbers were in Arabic and until that day I didn’t know how to read it.
I went to
Alexander the great land, very tired and I slept the entire trip, while the Arabic
song – that later I discovered it’s actually prayers – let me do it.
Two days
after leave Brazil, I was in Alexandria, my city for the next 5 months.
Happened in 09/2012
Happened in 09/2012
Comentários
Postar um comentário
Tem algo bom para compartilhar? Manda ver! ;)