Diga: Oi Tiririca!

Conheci Caroline em novembro de 2005. Uma das coisas que sempre falamos sobre a nossa amizade é que nunca se soube quando foi que nos tornamos melhores amigas. Esse negócio de “melhor amigo” pode parecer um pouco estranho para quem ama e é amado por muita gente, porém, com ela não existe outra definição, senão um laço imensamente forte que nos conectou desde aquele dia em que nos falamos pela primeira vez.

De lá para cá passamos muitas coisas juntas, seja fisicamente ou até mesmo com um oceano que nos separava. Com a Carol fiz meu primeiro mochilão de mochilão de verdade. Foi a primeira vez que coloquei uma cargueira nas costas.

Era carnaval de 2008, meses antes começamos a juntar moedinhas para fazermos nossa grande viagem rumo a Itacaré, na Bahia. Tínhamos uma lata de Mucilon ou Leite Ninho, (Carol sempre lembra dos detalhes melhor do que eu) e chamamos aquele cofrinho de “Banco Central de Itacaré”. Nosso hobby no final de semana era contar e recontar aquele monte de moedas.

O sonhado dia chegou e pegamos nosso ônibus em direção a Itabuna. De lá pegamos outro ônibus que nos levou a Itacaré, depois de ao todo 17 horas de viagem. O hostel que nos recebeu se chamava O Pharol e existe até hoje. Não sei se é da mesma dona, mas na época era de uma viajante do mundo. Lembro dos meus olhos terem brilhado vendo as fotos dela em uma parede em diversos lugares e a que mais me marcou foi ela em um camelo. Eu pensei: “um dia eu ainda vou viajar assim”. O engraçado é que mesmo tendo várias oportunidades, nunca andei de camelo (e não faz meu estilo de turismo), mas viajei o suficiente para também encher uma ou muitas paredes de fotos.

Naquela ida para Itacaré conhecemos um pessoal de Brasília que queria muito comer moqueca. A Carol além de ser a melhor amiga do mundo é também a melhor cozinheira do mundo. Ela estava morrendo de medo de cozinhar para cinco pessoas, mas acabou que o hostel todo comeu moqueca porque com a Carol não tem essa de comida pouca, eram mais de 20 pessoas.

Fizemos muitas fotos e vídeos memoráveis dessa viagem, especialmente do nascer do sol que vimos na Praia da Tiririca. Perdemos quase tudo nos HDs da vida de computadores de mesa. De tudo só restaram as poucas imagens que temos postadas em nossas redes sociais e como o Orkut acabou, o repertório ficou limitado. No final das contas o que importa são essas lembranças tão bonitas, assim mesmo, bem clichê.

Quis contar um pouquinho da Carol hoje porque ela que me ajudou a fazer esse blog. Acho que já falei dela por aqui, mas nunca tinha contado dessa nossa viagem. Sou imensamente grata a todos os “não importa o que você escolher, estou com você”. Ela sempre me deu forças para voar.

Obrigada, amiga! Um dia a gente volta em Itacaré juntas!


Uma das fotos que eu mais amo e que sobreviveu. 
Com a Carol e o mar 💛

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