Mysore: com o coração leve!


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Ao final do curso de meditação, peguei uma carona de volta para Bangalore. Cheguei novamente na casa do meu amigo couchsurfers, e decidi ir para Mysore, uma cidade também no estado de Karnataka, bem próxima à Bangalore. Iria encontrar uma amiga que fiz durante o curso de meditação.
Passei uma noite na casa em Indira Nagar, e ia pegar um ônibus para Mysore no dia seguinte pela manhã. Arrumei todas as minhas coisas e fui para a estação de ônibus onde todos os ônibus locais saem, Majestic. De lá saem diversos ônibus para vários lugares dentro de Karnataka, inclusive Mysore.
Antes de pegar o ônibus decidi comprar minha passagem na cota de turista para ir para Goa, alguns dias depois. A estação de trem Bangalore City é exatamente em frente à Majestic. Porem, devido a difícil comunicação entre eu e os indianos funcionários públicos, não conseguia achar o lugar onde conseguiria fazer a transação. Diferente dos outros lugares onde consegui a cota de turista, esta estação de trem pede 1 ou 2 dias para confirmar sua passagem. Por final das contas decidi desistir depois de uma gentil indiana tentar me ajudar e ficar comigo por mais de 1 hora até eu me acalmar – eu estava a ponto de arrebentar um!
Por fim entrei em um ônibus público que vai até a estação de ônibus que vai para Mysore. Paguei 7 rúpias para chegar até lá e lá na estação recebi ajuda para poder entrar no ônibus que tem ar condicionado e água mineral. O valor era ótimo, 240 rúpias, uns 6 dólares. Mas, como nada é perfeito, o ônibus quebrou. E tivemos que ficar comendo areia naquela estrada deserta até que passasse outro ônibus. Eu, minha mochila e mais um tanto de indiano tentando comunicar em um inglês precário.
Cheguei em Mysore na estação de trem e fui tentar achar um telefone para poder ligar para a minha amiga que já me esperava no hotel. Depois de muito procurar, achei um lugar que tinha internet e consegui ligar para ele do meu Skype – que sempre salva uma vida. Fui direto para o autorickshaw pré pago, que me levou direto para o hotel.
Me acomodei e saímos a noite para jantar. Fomos num restaurante recomendado pelo Lonely Planer, mas estava praticamente vazio. A comida era boa, e voltamos para casa. Combinamos com o simpático motorista do autorickshaw que nos veríamos no dia seguinte para fazer um tour pela cidade. Ele falava um bom inglês e tanto eu como minha amiga, sentimos muita confiança.
No dia seguinte pela manhã pegamos o autorickshaw e seguimos por toda Mysore. Visitamos templos, fábrica de incensos, locais onde vendem óleos maravilhosos extraídos de flores e plantas. Mysore é um lugar famoso por diversos produtos que utilizam sândalo, desde os incensos até chaveiros e demais coisas que utilizam a madeira da árvore.
No dia seguinte despachei para o Brasil alguns presentes e 5 kg de roupas. Nessa altura já tinha percebido quanta coisa inútil a gente insiste em carregar nas costas, na vida e no coração.
Voltamos para Bangalore neste dia à tarde, com mesmo ônibus que peguei na ida. Estávamos com receio da greve que estava por vir.

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